No caminho para a transição energética, petroleiras investem em parcerias e em pesquisa para energia renovável.
Em território brasileiro, empresas multinacionais estão investindo em energia limpa. Para o coordenador de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), Ricardo Baitelo, a proporção do dinheiro investido em renováveis e em fósseis é muito discrepante. “Vemos uma mudança com gás natural na frente, porque emite menos do que os derivados do petróleo, mas ele ainda tem uma série de complicações. Deveríamos descontinuar os dois, petróleo e gás, ao mesmo tempo. Mesmo com projetos em solar e eólica, os investimentos ainda são desproporcionais nas grandes empresas”, disse.
No caso da Petrobras, maior empresa de petróleo do Brasil e uma das maiores do mundo, há medidas para incluir a transição energética nos planos da empresa, mas combustíveis fósseis ainda são a prioridade, a exemplo da exploração na Foz do Amazonas. Em abril, foi criada a diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. Na sequência, em junho, o BNDES e a Petrobras assinaram um acordo de transição energética e pesquisa. No mesmo mês, ao anunciar a revisão do plano estratégico de 2024 a 2028, a Petrobras declarou que vai direcionar de 6% a 15% do investimento previsto para projetos de renováveis e de soluções de baixo carbono.
Outra questão é a diferença do tratamento a países do Norte e do Sul global. Enquanto países europeus não discutem mais a exploração de petróleo em seus territórios, a América Latina e a África ainda são alvos de interesse na busca por combustíveis fósseis.
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