Novo padrão para dados sobre sustentabilidade pode evitar ‘greenwashing’ e fortalecer governança.
As normas de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, o International Financial Reporting Standards (IFRS), foram lançadas globalmente no início deste mês, prometendo mudar como as companhias, principalmente as listadas na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, reportam as suas informações da agenda ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança).
As normativas visam promover a integração entre os relatórios financeiros e de sustentabilidade. Com isso, a ideia é que, com o lançamento do IFRS 1, com foco em sustentabilidade, e do IFRS 2, voltado a divulgações relacionadas ao clima, as empresas passem a seguir um padrão.
Segundo especialistas, com a mudança, haveria o combate ao greenwashing (“lavagem verde”, em inglês), quando há falsas ações de sustentabilidade, que historicamente já aconteceram em relatórios de ESG justamente por não haver um padrão a ser seguido ou balizadores que norteassem os documentos, o que enfraquece a governança corporativa das empresas como consequência.
Agora, a ideia é que seja possível comparar os mesmos dados e indicadores de diferentes empresas que atuam no mesmo setor, graças à criação de métricas quantitativas para o mercado de ESG. Com isso, os objetivos de sustentabilidade traçados pela empresa que tenham impacto financeiro precisam ser justificados no reporte financeiro.
A existência de métricas que tornassem os dados sustentáveis relatados pelas empresas comparáveis era uma antiga exigência do mercado, considerando que a agenda ESG tem se tornado cada vez mais um fator a ser considerado na tomada de decisão dos negócios.
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