O Brasil é uma potência para a indústria verde global.
A industrialização verde foi tema de debate entre as executivas Ana Cabral-Gardner, CEO da Sigma Lithium, e Luciana Costa, CEO do Natixis, na quarta-feira (1º), em São Paulo. No evento do banco Credit Suisse, elas afirmaram que, para o país evoluir na transição energética, descarbonização e industrialização verde, não é preciso dinheiro público, mas sim um ambiente favorável e confiável para o setor privado.
No painel intitulado “Green Industry”, as executivas também debateram a urgência de se investir no “S” da sigla “ESG” (Environmental, Social and Governance- em inglês) em países como o Brasil. De acordo com elas, as empresas têm muitos recursos para serem ambientalmente corretas e sustentáveis, uma vez que investir no ambiental não é mais vanguarda, é obrigação. No entanto, para os países subdesenvolvidos, é urgente dar mais atenção ao social.
Segundo Ana Cabral, esse foi um dos principais motivos para a Sigma instalar a operação 100% no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais precárias do país. Além da arrecadação dos “royalties da mineração” – que serão sobre o preço final de venda aos clientes na Ásia, Europa e Estados Unidos -, a empresa estabeleceu um compromisso com o desenvolvimento do território e melhoria na qualidade de vida da população. Uma das ações é o Dona de Mim, programa que oferece uma linha de microcrédito para o público feminino da região, em parceria com o grupo Mulheres do Brasil.
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