O peso do mercado de carbono no combate à crise climática.
“Tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo”, foi o que disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no fim de março, sobre o que precisa ser feito para desarmar a bomba-relógio climática que aflige o planeta. Em uma referência ao filme ganhador do Oscar, ele não poderia ter sido mais direto.

Guterres sabe que não há tempo a perder. Que é preciso aprimorar e acelerar as soluções que já existem – tanto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, quanto para captar recursos que financiem os investimentos necessários para a transição energética. Afinal, em uma sociedade capitalista e em constante evolução, o sonho do carbono zero é possível, mas é preciso muito dinheiro para que isso aconteça rapidamente.

Com esse objetivo, foi criado o mercado de crédito de carbono. Não para que pessoas e companhias mundo afora comprem o direito de emitir CO2 inconsequentemente, nem para gerar fortunas, a despeito das más interpretações sobre o setor. Mas, sim, para captar recursos que banquem os investimentos rumo ao mundo ideal em que os combustíveis fósseis não sejam a fonte primária de energia e a biodiversidade seja valorizada em sua essência, ganhando protagonismo como grande fonte de receita também. Os projetos de crédito de carbono, portanto, fazem parte do pacote de soluções em que tudo deve ser colocado em prática ao mesmo tempo, enquanto ainda não existem tecnologias que viabilizem o net zero.

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