Quase metade da sua conta de luz é formada por impostos e encargos.
Cerca de 44,1% do custo da conta de luz é direcionado ao pagamento deles, segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Isso significa um valor de R$ 102 bilhões por ano pagos pelos brasileiros. A descriminação de valores da conta da Cemig, por exemplo aponta na mesma direção, confira:

– remuneração da companhia (26%);
– encargos setoriais (19,3%);
– tributos aos governos federal e estadual (16,7%);
– energia comprada (28,8%);
– encargos de transmissão (8,7%);
– receitas irrecuperáveis (0,4%).
Algumas das ações financiadas pela CDE têm prazo de validade. Juntas, elas somam R$ 40,8 bilhões. Entre eles, R$ 14,8 bilhões da Conta Covid, por exemplo — um socorro financeiro que o governo deu às empresas de energia e que é pago pelos consumidores. O pagamento continua até 2025.

De um lado, há quem defenda que a conta deva ser alimentada com recursos do Orçamento da União, e não diretamente com a tarifa paga pelos consumidores. Do outro, o governo federal argumenta que não há espaço para isso nas contas públicas pressionadas.

A sua energia é o nosso negócio.