Raio x da transição energética.
De acordo com estudo desenvolvido pela International Energy Agency (IEA) sobre os investimentos globais em energia, os recursos destinados à energia limpa devem atingir o seu recorde em 2023. Esse investimento já supera os recursos destinados a combustíveis fósseis desde 2016. Porém, foi em 2020, com o advento da pandemia de Covid-19, que houve um maior descolamento dos investimentos em energias renováveis em relação aos combustíveis fósseis.
Estima-se que que cerca de US$ 2,8 trilhões serão investidos em energia em 2023, sendo mais de US$ 1,7 trilhão destinado à energia limpa. Ainda que a passos lentos, atualmente, de acordo com a pesquisa, para cada US$ 1 gasto em combustíveis fósseis, US$ 1,7 é investido em energia limpa. Cinco anos atrás, em 2018, essa proporção era de 1:1. O destaque dos investimentos em energias renováveis fica por conta da energia solar, que deve atingir US$ 380 bilhões em 2023, investimento maior que o realizado em petróleo e gás pela primeira vez na história.
Os investimentos em energia limpa foram impulsionados por uma variedade de fatores, segundo o estudo. Destacam-se: (i) a alta dos preços de petróleo e a volatilidade destes, associadas especialmente à Guerra na Ucrânia e (ii) a própria pandemia de Covid-19, que acelerou a agenda de insegurança climática e aspectos de sustentabilidade como um todo.
Estamos vivendo em um momento de emergência climática em que apenas não fazer o pior não é mais suficiente. É preciso que as empresas invistam em alternativas sustentáveis, destinando recursos que ainda são direcionados para exploração de óleo e gás para alternativas mais limpas.
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