Reator movido a energia solar transforma garrafas PET e CO2 em outras substâncias.
Com o aumento da produção e consumo de plástico, tornou-se evidente a necessidade de encontrar alternativas que minimizem os danos ao meio ambiente. A contaminação de ecossistemas, a poluição dos oceanos e os efeitos nocivos à vida selvagem são apenas algumas das consequências negativas desse problema que atinge todo o planeta.
Diante desse cenário, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Cambridge deu um importante passo ao desenvolver um reator inovador movido a energia solar capaz de transformar resíduos plásticos e gases de efeito estufa em substâncias úteis.
De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis e fundador do projeto Plástico Amigo, o reator separa e converte garrafas PET em ácido glicólico, ao mesmo tempo em que transforma o CO2 em monóxido de carbono. “Essa descoberta promissora representa um avanço significativo no campo da sustentabilidade, oferecendo uma solução em potencial para a redução da poluição plástica e das emissões de gases que prejudicam toda a atmosfera terrestre”, relata.
Segundo o especialista, tanto o ácido glicólico quanto o monóxido de carbono são mais interessantes para a indústria que suas composições originais antes de passar pelo reator. “Enquanto o ácido glicólico pode ser usado como matéria prima por empresas de cosméticos e cuidados com a pele, o monóxido de carbono é transformado em gás de síntese, componente de grande importância na produção de combustíveis líquidos sustentáveis”, pontua.
O fato de o reator funcionar com energia solar é outro ponto de grande valor. “Uma das principais limitações enfrentadas na transformação de plástico em combustível reside na necessidade de atingir temperaturas extremamente altas, deixando o processo caro e pouco viável. No entanto, a energia solar oferece uma perspectiva promissora para superar esse desafio.
A sua energia é o nosso negócio.