Reino Unido fecha sua última usina térmica a carvão.
Um dos símbolos da Revolução Industrial do século XIX, o carvão finalmente ficará limitado aos livros de história no Reino Unido. Depois de mais de 142 anos, os britânicos celebraram o fechamento de sua última usina termelétrica a carvão nesta 2a feira (30/9). O combustível, que já foi crucial para a economia britânica, não será mais consumido para geração de energia elétrica.
O fechamento é resultado de quase uma década de medidas para descarbonizar a matriz elétrica do Reino Unido. Em 2015, quando as primeiras ações foram tomadas, as térmicas a carvão representavam quase 1/3 da eletricidade produzida no país. Em 2021, durante a COP26 de Glasgow, na Escócia, o governo britânico se comprometeu a abandonar definitivamente o carvão a partir de 2025.
Nesse ínterim, o Reino Unido conseguiu reduzir significativamente a representatividade do carvão em sua matriz elétrica, com recordes sucessivos de dias em que toda a demanda energética foi atendida por fontes renováveis, sem o uso do carvão. No ano passado, o combustível era responsável por apenas 1% da eletricidade britânica.
Coube à usina de Ratcliffe-on-Soar, em Nottinghamshire, a honraria de ser a última planta a carvão a ser fechada no Reino Unido, depois de quase 60 anos de operação. Os 170 funcionários, remanescentes dos quase 3 mil que trabalharam na usina em seu auge nos anos 1980, assistiram ao desligamento da última unidade geradora.
Com o fechamento da usina em Nottinghamshire, o Reino Unido se tornou o primeiro país do G7 a abandonar definitivamente o carvão. Mas o feito é ainda mais importante pelo simbolismo: por muito tempo, a indústria do carvão foi a mola da economia britânica, a ponto de representar 80% da energia elétrica gerada no país nos anos 1980.
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