Renováveis abrem caminho para força feminina em setor historicamente dominado por homens.
Mais expostas às consequências das mudanças climáticas, as mulheres estão pouco representadas no setor de energia, segmento que ocupa a linha de fogo no enfrentamento às emissões de gases de efeito estufa, vilões do aquecimento global. Mas a transição energética, que demanda a redução do uso de combustíveis fósseis e expansão de fontes renováveis, deve acelerar não só o desenvolvimento de energias menos poluentes, mas também expandir as oportunidades para as mulheres. Globalmente, elas representam 32% da força de trabalho em energia renovável, em comparação com 22% na indústria de petróleo e gás.

De acordo com o relatório World Energy Transitions Outlook 2022 da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), até 2030 haverá 139 milhões de empregos no setor de energia em todo o mundo. Desses, 38,2 milhões estarão em energia renovável e 74,2 milhões em outros setores relacionados à transição energética. “Isso oferece uma chance de requalificar e aprimorar uma força de trabalho de transição variada e equilibrada. Aproveitar a participação das mulheres como agentes de mudança pode encorajar, influenciar e acelerar a transformação energética”, avalia a agência.
Apesar da perspectiva positiva, as mulheres ainda ficam atrás dos homens em cargos de liderança e técnicos no setor de energia renovável, diferença alimentada pelo acesso desigual à educação, o acesso limitado às habilidades técnicas e oportunidades de treinamento, bem como políticas e práticas injustas das empresas, entre outros fatores. Mas isso está mudando. No Brasil, fabricantes e redes profissionais estão apoiando as carreiras das mulheres para reduzir a lacuna de gênero no setor.

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