Semicondutores para células fotovoltaicas orgânicas.
Uma equipe de pesquisadores, coordenados pelo professor Henrique de Santana (Departamento de Química), investigam as propriedades e a aplicação de polímeros semicondutores em dispositivos avançados, principalmente como células fotovoltaicas orgânicas. Todos dentro do projeto intitulado “Caracterização das interfaces ITO/TiO2/Polímeros para uso em células fotovoltaicas híbridas invertidas”, contemplado recentemente com Bolsa Produtividade do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A tecnologia tem múltiplas aplicações práticas, como na produção de sensores de diferentes usos. Na Agronomia, por exemplo, é possível criar um sensor que detecta a presença de determinado gás (inodoro para o olfato humano) no mamão em seu processo de amadurecimento. Assim, é possível saber – sem depender da cor ou da textura – se a fruta está madura e pronta para consumo.

Tais sensores que funcionam com base em semicondutores inorgânicos (silício) existem há muito tempo. Já os de base orgânica foram um avanço, mas também não são novidade: o professor Henrique lida com eles desde seu Doutorado na USP, concluído em 1995. O que os pesquisadores da UEL fazem, no Laboratório Multiusuário localizado no Centro de Ciências Biológicas, é pesquisar, criar e testar novos polímeros, que sejam mais eficientes, apresentem melhor rendimento, e sejam renováveis, entre outras vantagens, em relação aos já conhecidos.
Tudo é feito no Laboratório de Espectroscopia. Os pesquisadores utilizam a chamada técnica eletroquímica (usada também pela Embrapa, por exemplo) para estudar a interação da radiação com os polímeros na produção de energia. É fácil de entender, processo muito semelhante ocorre na Natureza e se chama fotossíntese: as plantas recebem a luz solar que interage com a clorofila e com isso produzem energia (alimento) para sua sobrevivência.

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