Sete empresas solares chinesas já produzem mais energia solar do que as maiores petrolíferas.
Tongwei, GCL Technology, Xinte Energy, Longi Green Energy, Trina Solar, JA Solar e Jinko Solar. São as sete empresas da indústria fotovoltaica chinesa que cresceram ao ponto de se tornarem uma ameaça para as petrolíferas.
Não apenas em termos de sustentabilidade frente à transição energética, como era de se esperar das empresas que controlam o fornecimento das tecnologias renováveis, mas também em termos de produção de energia solar, o que é incrivelmente contraintuitivo.
Para poder extrapolar os dados e compará-los com a indústria fotovoltaica, uma recente análise da Bloomberg converteu o número de barris produzidos por ano em exajoules. Um exajoule é muita energia: pode abastecer de eletricidade a Austrália, Itália ou Taiwan durante um ano.
A empresa americana ExxonMobil é a maior petrolífera do mundo. Produz aproximadamente 8,3 EJ de energia anuais, mas apenas um quinto é aproveitado: cerca de 2 EJ por ano. Em termos absolutos, isso é 150% mais do que a maior empresa fotovoltaica do mundo, Tongwei, produz anualmente.
Em um fator crucial: todo o petróleo e todo o gás que se vende em um ano são gastos em questão de meses, mas os painéis de energia solar geram energia durante décadas, com uma garantia típica de 25 anos.
Multiplicando a capacidade da indústria solar chinesa pela vida útil de suas células fotovoltaicas, as sete grandes empresas que lideram o setor superam em produção de energia útil todas as reservas geológicas desenvolvidas pelas empresas petrolíferas, mesmo considerando uma degradação de 1% anual para os painéis solares.
Tongwei produz uma energia útil em 25 anos de quase 30 EJ; seguida pela GCL Poly, com 20. Ambas dominam a produção global de polisilício, gerando capacidade suficiente para abastecer um país como a Itália durante um ano. E o mais surpreendente é que planejam dobrar sua produção nos próximos anos.
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