“Sol artificial” da França estabelece novo recorde de fusão nuclear.
Um reator de fusão nuclear localizado no sul da França, chamado WEST (sigla em inglês para Ambiente Tungstênio em Tokamak de Estado Estacionário), acaba de alcançar um marco notável na jornada em direção a uma fonte de energia limpa, sustentável e praticamente ilimitada.

Cientistas do Laboratório de Física de Plasma de Princeton (PPPL), em Nova Jersey, EUA, anunciaram esta semana que o WEST foi capaz de gerar um plasma superquente a 50 milhões de graus Celsius por um período contínuo de 6 minutos.
Esse avanço não só estabelece um novo recorde mundial para dispositivos dessa natureza, como também representa um passo significativo rumo à viabilidade da fusão nuclear como fonte de energia comercialmente explorável.

Um tokamak em forma de rosquinha, o WEST tem mais ou menos o tamanho de uma sala de seis metros quadrados, mas sua potência é colossal, capaz de gerar energia comparável àquela impulsionada pelo Sol. Isso levou os cientistas a apelidarem esses dispositivos de “sóis artificiais”.
Segundo Luis Delgado-Aparicio, chefe de projetos avançados do PPPL, a intenção é mesmo de “criar um Sol na Terra” – uma tarefa desafiadora, mas que agora parece estar no caminho certo.

É importante compreender a diferença entre fusão nuclear, em que núcleos atômicos se combinam liberando energia, e fissão nuclear, por meio da qual núcleos se separam para liberar energia, como nos reatores nucleares atuais.

A sua energia é o nosso negócio.