Startup quer capturar energia solar no espaço e mandar para a Terra.
A energia solar é, atualmente, a forma mais barata de gerar eletricidade. Mas, como nem sempre faz sol e o armazenamento de bateria ainda é relativamente caro, algumas startups estão explorando uma abordagem diferente: colocar painéis solares no espaço e enviar a energia de volta para a Terra.
A ideia em si não é nova – o conceito de capturar energia solar no espaço foi mencionado em uma história de ficção científica em 1941, e a NASA começou a estudá-lo na década de 1970. Nunca foi financeiramente viável, mas alguns engenheiros que trabalham nessa tecnologia acreditam que isso mudou.
“Os fundamentos foram comprovados há mais de 50 anos”, diz Ed Tate, cofundador e diretor de tecnologia da Virtus Solis, startup em estágio inicial que anunciou planos de testar sua tecnologia solar em órbita em 2027.
“Nos últimos anos, a engenharia envolvida foi aceita como possível. A verdadeira mudança é econômica – acreditamos que agora, com todas as tendências que estão aí, é viável.”
A empresa planeja colocar painéis solares em órbita terrestre média e usar robôs para montá-los em grandes conjuntos – centenas de milhares de satélites, com cerca de um metro e meio de largura, conectados como peças de Lego.
Cada um deles tem painéis solares embutidos de um lado, componentes eletrônicos no meio e antenas do outro. Em vez de enviar energia através de elétrons em fios, a ideia é enviá-la de volta à Terra usando fótons em um feixe de luz invisível.
A Virtus Solis já demonstrou a transferência de energia sem fio na Terra, usando um receptor a uma distância equivalente a um campo de futebol. O próximo passo será construir protótipos de satélites e testá-los em solo terrestre para confirmar que funcionam conforme os modelos preveem.
Em parceria com a startup Orbital Robotics, a empresa planeja testar o sistema de montagem robótica no espaço.
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