Tarifas de energia podem sofrer alta de até 31,9% em 2023.
O ano de 2023 deve ser marcado por reposicionamentos tarifários extremos, tal qual se verificou nos últimos 10 anos.
No entanto, diferentemente do que foi observado nos anos anteriores, o reposicionamento médio ponderado pelos mercados das concessionárias de distribuição de energia deve ser próximo de zero.
Considerando, especificamente, os consumidores industriais e comerciais conectados em baixa tensão, as projeções da TR Soluções mostram que 95% das distribuidoras apresentarão reposicionamentos entre quedas de -8,08% e altas de 9,26%.
Destaque ainda para o fato de que a variação máxima deve ser de um aumento de 31,9%, enquanto a menor variação a ser observada deve ser uma queda de 13,30%.
As frequências de observação das projeções, por quantidade de concessionárias e intervalos de projeções, são apresentadas no gráfico a seguir.
Considerando o histórico de variações tarifárias dos últimos dez anos, destaque para os resultados observados em 2015, quando os valores foram pressionados pelo fim dos aportes do Tesouro Nacional à CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e pelos custos da exposição contratual à qual as distribuidoras ficaram submetidas no ano anterior.
Em média, naquele ano foi observado um reposicionamento de 31,7%, enquanto o desvio do reajuste médio ponderado considerando 95% das ocorrências ficou em 13,5%.
Importante observar que esses indicadores combinam os efeitos das revisões tarifárias extraordinárias (RTE) e dos eventos ordinários realizados após a sua realização, ao longo de 2015.
Naquele ano, a variação máxima, de 58%, aconteceu na antiga CPFL Jaguari. A segunda maior variação, por sua vez, foi observada pelos consumidores da região metropolitana de São Paulo, atendidos pela Enel SP, cujo aumento da tarifa foi de 55,1%.
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