Tesla e outras marcas aderem a competição solar para recrutar talentos.
De dois em dois anos, a Austrália recebe o World Solar Challenge, um evento internacional em que todas as equipes participantes, na sua maioria constituídas por estudantes universitários, competem em veículos movidos exclusivamente a energia solar que eles próprios criaram e fabricaram à mão.
Percorre 3.021 km através do interior da Austrália, de norte a sul, e o objetivo é promover o desenvolvimento e a inovação da mobilidade sustentável.

Durante o evento, os concorrentes têm de se levantar cedo para carregar o veículo, a partir das 5h, aproveitando os primeiros raios de sol, até às 8h, quando a corrida recomeça. A partir daí, percorrem cerca de 700 km por dia, passando pelos pontos de controlo pré-determinados, até às 17 horas, altura em que param e preparam os carros para o dia seguinte.

O evento este ano decorreu de 22 a 29 de outubro, gerando parcerias industriais nos setores de energia, automóvel, engenharia, financeiro, ciências de materiais e TI. E vários ex-alunos do Bridgestone World Solar Challenge têm vindo a empregar-se em algumas das principais empresas de engenharia, de automóveis e de transportes sustentáveis do mundo.
Outra curiosidade: a Tesla envia observadores e recrutadores para todos os desafios solares mundiais. A sua missão é apresentarem-se aos estudantes das equipes, questionando-os sobre os seus projetos experimentais. E, por vezes, destas incursões da Tesla resulta a contratação de jovens talentos. Foi o caso da engenheira australiana Coco Wong.
Enquanto estudava engenharia mecânica e física, ela fundou a equipe da Universidade de Adelaide em 2015. Um ano depois de competir com o seu primeiro veículo solar, Wang voou para a Califórnia para se juntar a uma das equipes de engenharia da Tesla e acabou trabalhando para Elon Musk, seguindo para outras empresas inovadoras, como a Zipline (empresa de drones) ou a Powerwall.

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