Transição energética: diretora do BNDES fala em “novos termos comerciais para produtos verdes”.
Durante painel do Brasil Investiment Forum, nesta quarta-feira, 8, Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, defendeu que o comércio global repense a forma de valorar produtos que contribuam para a mudança da matriz energética no mundo. “A gente precisa que novos termos comerciais para produtos verdes, de fato, aconteçam no mundo”, afirmou nesta quarta-feira, 8.

Na opinião dela, o Brasil é o país com mais vantagens comparativas dentro do G20, mas elas não se tornam vantagens competitivas, porque o mundo ainda não paga um prêmio por “produtos com grande conteúdo energético embarcado de baixo carbono”.
“Além de o mundo ainda não pagar por nossos produtos verdes, o nosso custo de capital ainda é muito alto e isso vai ser um desafio. A transição energética é intensiva em capital”, afirmou. Para que haja um novo acordo comercial que pague prêmios pela sustentabilidade, a diretora do BNDES defende a formatação do mercado de carbono global, palco das discussões da próxima Conferência do Clima da ONU, a COP28.

Luciana Costa citou exemplos da capacidade brasileira na agenda da transição energética, sendo o país mais barato para gerar energias eólica onshore e offshore e solar. “A previsão é que o quilo do hidrogênio verde custe, em 2030, US$ 1,50, sendo o mais barato do mundo”, disse ao repetir a necessidade da valorização comercial, à medida que projetos para o hidrogênio variam entre US$ 3 bilhões e US$ 7 bilhões.

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