Transição energética e o caminho promissor para o Brasil.
A transição energética é desejo da sociedade em busca de maior sustentabilidade do planeta. Trata-se de macrotendência global, com países estabelecendo políticas públicas e empresas investindo trilhões de dólares para o alcance desse objetivo.
Alguns dados dão a dimensão do movimento: os investimentos em transição energética somaram US$ 1,7 trilhão em 2023. É um valor recorde, mas ainda inferior à necessidade para o alcance da meta de carbono zero, estimada em US$ 4,7 trilhões ao ano. A título comparativo, o PIB brasileiro é da ordem de US$ 2 trilhões.
O Brasil tem a oportunidade histórica de ser exemplo e liderar o alcance das metas de carbono zero em nível mundial, aproveitando-se dessa macrotendência e da vantagem competitiva hoje existente. Uma visão estratégica de política pública, associada a investimento e cooperação empresariais, permitirá inserção única do país na dinâmica de crescimento global, com efeitos potenciais para que a transição energética se constitua motor do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
A primeira é o power shoring, a atração de empresas intensivas em uso de energia para o Brasil. Um segmento merece atenção particular, a inteligência artificial.
Seu avanço demanda muita energia, que deve ser predominantemente verde. O objetivo é atrair parte dessas indústrias para o Brasil. Por exemplo, data centers. A previsão é que os datas centers dobrarão sua participação no consumo global de energia elétrica, de cerca de 2% para entre 4% e 6%. O Brasil pode e deve ser destino desses investimentos.
A segunda, ainda mais ambiciosa, é o estabelecimento do objetivo de matriz elétrica 100% limpa no Brasil. Entendemos que é um objetivo de longo prazo possível, com a devida recuperação do investimento em energia hidrelétrica, inclusive PCHs, com a liderança no investimento em baterias e demais acumuladores de energia (Bess), aproveitando-se dos metais críticos existentes em solo brasileiro.
A sua energia é o nosso negócio.