Usada como fonte de água, Represa Billings passa a gerar energia solar.
Além de garantir o abastecimento de água para boa parte dos milhões de moradores das cidades em seu entorno, a Represa Billings, o maior reservatório da Região Metropolitana, passará a ter mais uma função: a de produzir energia elétrica também em sua superfície com usinas de geração fotovoltaica flutuante (ela já alimenta o complexo hidrelétrico Henry Borden, em Cubatão).

O projeto da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), em fase de pré-implantação, prevê cinco plantas com 9 mil placas, instaladas a uma distância entre 80 cm e 1,2 m do nível da água. A usina, que tem previsão de ficar pronta até o fim do ano, tem potencial de gerar 1 Megawatt, o que corresponde ao abastecimento de cerca de 1500 residências. O investimento é de R$ 25 milhões.
A partir da parceria entre a Emae e companhias privadas, foi feito, inicialmente, um teste com uma usina piloto montada em 2020. O equipamento, com 300 painéis fotovoltaicos instalados sobre flutuantes, ocupou uma superfície de 1 mil metros quadrados, e como a resposta superou a expectativa, a empresa seguiu em frente com a instalação do projeto definitivo.
A usina flutuante é uma alternativa viável, segura e certificada, inclusive internacionalmente, para locais com alta densidade demográfica, como São Paulo. Pode, inclusive, ser utilizada sobre áreas onde antes funcionavam aterros sanitários, em lagos de barragens de hidrelétricas – há projetos em todo o país já em andamento nessa linha – ou em lagos formados em cavas de mineração já exauridas.

Dado o alto grau de ocupação do solo, a geração de energia limpa precisa competir com áreas em expansão ou já consolidadas, inclusive industriais, e locais como a Billings abrem uma enorme perspectiva econômica para os estados.

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