Sistema fotovoltaico ganha proteção contra arcos elétricos.
Projeto desenvolvido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) prevê a instalação de um sistema fotovoltaico que possua as funções de detecção e interrupção de arcos elétricos (Arc Fault Circuit Interrupt – AFCI) e desligamento rápido (Rapid Shutdown), visando afastar os riscos de superaquecimento e incêndios.
Foram registrados acidentes em 2022, como um curto-circuito no sistema fotovoltaico de um hotel em Rio Branco (AC), ou quando um inversor que pegou fogo e causou um princípio de incêndio em um minimercado em União dos Palmares (AL), e um incêndio devido a uma falha em um módulo fotovoltaico em Patos de Minas (MG), que atingiu uma fábrica de calçados. Segundo levantamento da UPM, a maior parte das proteções existentes, embarcadas nos inversores comerciais e referenciadas nas normas nacionais, não apresentam a segurança requerida em normas internacionais em caso de arcos voltaicos.

Para fazer frente a esses problemas, a UPM desenvolveu um sistema de proteção que visa a interromper um possível curto-circuito e consequentemente um incêndio. O projeto instalado no Laboratório de Engenharia Elétrica e Computação da UPM possui as funções de detecção e interrupção contra arcos elétricos AFCI e Rapid Shutdown integrados.

Os resultados obtidos a partir dos testes de AFCI condizem com os valores da norma IEC 63027, garantindo a funcionalidade empregada no sistema instalado. Já os resultados aferidos a partir dos testes de Rapid Shutdown também garantiram os aspectos de funcionalidade conforme a norma NFPA 70. De acordo com a UPM, esse sistema está sendo discutido no ambiente normativo brasileiro. Atualmente, a NBR16690, embora destaque o perigo dos arcos elétricos, não exige que instalações fotovoltaicas executados no Brasil tenham a proteção AFCI.

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