Transição energética tem impacto social.
Investimentos em fontes de energia com menos emissões de carbono podem, ao mesmo tempo, potencializar as vantagens competitivas do Brasil na área e ajudar a reduzir pobreza.
No entendimento do governo federal e da iniciativa privada, o planejamento para a transição passa pelas melhorias das condições da sociedade civil e pelos modelos adotados em outros países.
O desafio é a transformação. Não só da matriz energética, onde temos vantagem, com mais de 90% de fontes renováveis, mas tratar junto outros elementos da economia, do desmatamento e do social para atingir a transformação ecológica — afirmou João Paulo Capobianco, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
A matriz energética corresponde hoje a 23% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa (GEE), enquanto o desmatamento representa 38% e o setor agropecuário, 29%.

A proposta do governo é uma ação entre todos os setores para zerar o desmatamento ilegal, incentivos financeiros para substituir o desmatamento legal por atividades menos poluentes e reduzir de 1,7 gigatoneladas para 1,3 gigatoneladas as emissões na geração de energia até 2030.
O Brasil está em posição boa para ser protagonista e possui matriz energética muito mais limpa e renovável do que a maioria dos países — argumentou Fernando Bertolucci, diretor-executivo de tecnologia, inovação e sustentabilidade da Suzano, apontando para soluções dentro da empresa, líder global na produção e comercialização de papel e celulose a partir de árvores plantadas. — Aproveitamos a biomassa das nossas fazendas para produzir energia elétrica. Além de já sermos autossuficientes, exportamos o excedente.

A sua energia é o nosso negócio.